Hoje respira fundo que o assunto é longo e tenso, rs.
Como eu já disse anteriormente, antes de conversarmos sobre investimentos
na prática é necessário aprender direitinho alguns conceitos muito importantes que
estão diretamente ligados/relacionados ao assunto, que caso você não entenda, com certeza
também não irá entender as modalidades de investimentos. Eu diria que essa é a parte mais chatinha mas que infelizmente sem ela não dá para prosseguir.
Então vamos lá que é muita coisa no ABC dos investimentos!
1º vamos falar do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)
O IPCA nada mais é do que a sigla que representa a INFLAÇÃO. Ele é utilizado pelo Banco Central como medidor oficial da inflação do país e pelo governo como referência
para verificar se a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para a inflação está sendo cumprida.
O IPCA é calculado pelo IBGE e é divulgado mensalmente. O cálculo reflete o custo de vida de famílias com renda mensal
de 1 a 40 salários mínimos.
O período de coleta do IPCA vai do dia 1º ao dia 30
ou 31, dependendo do mês e é divulgado geralmente até o dia 10 do mês seguinte ao da coleta. A pesquisa é realizada em estabelecimentos
comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de
aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os
efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista.
São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.
A Inflação é a perda do valor do dinheiro ao longo do tempo. Nós meros
mortais sentimos a inflação como um aumento generalizado dos preços, o que
significa que precisamos de mais dinheiro pra comprar a mesma coisa que
comprávamos a um mês ou a um anos atrás por exemplo.
A inflação não atinge as pessoas da mesma forma, cada um sente a
inflação de um jeito. Assalariados, pensionistas e pessoas que recebem uma
renda baixa, regular e estável geralmente sofrem mais com a inflação.
Quando se consome mais do que se produz temos um aumento da inflação.
Fonte: IBGE
Se você ainda está com alguma dúvida sobre inflação, assite esse vídeo aqui que é super didático e vai te ajudar a compreender melhor INFLAÇÃO: O QUE É; DE ONDE VEM?
Em 2º lugar vamos falar do IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado)
Este índice é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ele é composto pela média de três outros índices que tem pesos diferentes na sua composição:
O IGP-M registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e
industriais até bens e serviços finais. Ele é utilizado para a
correção de contratos de aluguel, parcelas de
financiamentos de bens imóveis e como indexador de
algumas tarifas como energia elétrica por exemplo. A pesquisa de preços é feita entre o dia 21 do mês anterior até o dia 20
do mês atual e sua divulgação acontece no final de cada mês de referência.
Em 3º lugar vamos falar da SELIC
O sistema
especial de liquidação e custódia (SELIC), muito conhecido como "Taxa
Selic" é onde ficam custodiados (guardados) os títulos
federais, mais conhecidos como os títulos públicos. Essa taxa é a taxa que o governo paga pra quem compra/investe em títulos públicos federais, que é uma das formas que ele utiliza para captar dinheiro, além dos impostos por exemplo.
A taxa
SELIC é a taxa básica de juros da economia brasileira, conhecida como a mãe de
todas as taxas de juros, ela é, via de regra, a menor taxa de juros em vigência no pais* e é
com base nela que as outras taxas de juros são determinadas, ou seja, se a
SELIC sob as taxas de juros também sobem e se ela diminui as outras também diminuem.
A
cada 45 dias o Comitê de Política Monenatária do Banco Central (COPOM) se reune
para decidir se a taxa básica de juros sobe, desce ou permanece estável.
Quando se
aumenta a taxa SELIC, significa que se está diminuindo a liquidez da economia, buscando frear o consumismo e incentivando as pessoas e empresas a pouparem mais, isso evita que a inflação dispare.
A taxa SELIC é dividida em "TAXA SELIC OVER" e "TAXA SELIC META".
A Taxa SELIC OVER é a taxa de juros praticada
quando um banco empresta dinheiro para outro usando, como garantia, os títulos
públicos comprados no banco central e a Taxa SELIC META é aquela utilizada nos noticiários, que representa a taxa básica da
economia no Brasil, pois serve como parâmetro para todas as outras praticadas
no mercado. Ela tende a ser a menor taxa de juros que existe na economia.
Se ficou alguma dúvida da uma olhadinha nesse vídeo aqui O que é Taxa Selic? A Explicação mais Simples e Completa
Curiosidade: A maior taxa Selic que o Brasil já teve, desde 1996, foi de 45% entre 05/03/1999 e 24/03/1999.
* A menor taxa de juros da economia brasileira é a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). Atualmente (Julho a setembro de 2016) ela está em 7,5% ao ano. Definida pelo CMN é divulgada trimestralmente, esta taxa é usada, principalmente, nos empréstimos feito pelo BNDES ao setor produtivo.
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