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domingo, 28 de agosto de 2016

SOPA DE LETRINHAS PARTE 2 - CDI, DI, e TR

Oiii pessoal!

Vamos dar continuidade a nossa sopa de letrinhas iniciada no post anterior (se você perdeu o primeiro post acesse ele aqui antes de prosseguir Sopa de Letrinhas - Parte 1).

Hoje vamos falar do CDI, DI e TR.

Vamos começar pelo CDI (CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERFINANCEIRO)
Todos os dias, no fim do dia os bancos precisam estar com o caixa equilibrado e quando um banco tem depósitos e/ou saques demais ou de menos, eles emprestam dinheiro entre si para garantir o equilíbrio do caixa.

Estes empréstimos são de curtíssimo prazo, geralmente duram apenas 1 (um) dia e são realizados através dos Certificados de Depósito Interfinanceiro (CDI) que são os títulos de emissão das instituições financeiras, essa operação é restrita ao mercado interbancário. Sua função é, portanto, transferir recursos de uma instituição financeira para outra, buscando maior fluidez do mercado, pois quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não tem.

As transações são fechadas por meio eletrônico e registradas nos computadores das instituições envolvidas e na CETIP (Câmara de Custódia e Liquidação).

Vamos falar agora da taxa DI (DEPÓSITO INTERFINANCEIRO)
O próximo assunto não poderia ser outro, pois o CDI do qual acabamos de falar está diretamente ligado a taxa DI, e porque?

Muito simples, a taxa DI deriva do CDI. Quando os bancos emprestam dinheiro um para os outros qual a taxa de juros que eles pagam? é justamente a taxa DI.

A taxa DI é o principal indexador dos investimentos de renda fixa, por isso, apesar de você não poder investir em CDI's que são restritos para as instituições financeiras, como vimos acima, você pode aproveitar a mesma taxa investindo em títulos de renda fixa que na maioria das vezes utilizam como indexador a taxa DI.
Ela é calculada pela CETIP, onde todos os dias após o registro de todos os CDI's realizdos pelos bancos, é calculado a taxa média das operação e publicado diariamente a taxa DI no site da CETIP.


A Taxa DI muitas vezes é confundida com a Taxa SELIC, é comum dizer no mercado financeiro que o DI é o espelho da SELIC. Isso ocorre, pois a taxa DI tem sua cotação muito próxima a da taxa SELIC (hoje, 14.08.16 a SELIC está em 14,15% e o DI em 14,13%), e isso acontece para que ambas em alguns momentos, não fossem consideradas mais interessante ou desinteressante do que a outra, gerando liquidez apenas para o produto que tivesse maior rendimento.

Por isso, o DI e a SELIC caminham juntos. Mas é importante frisar que, apesar de possuírem rendimentos parecidos, estes indexadores tem características diferentes. O DI é utilizado para avaliar o custo do dinheiro negociado entre os bancos e sua variação é diária enquanto a SELIC trata dos títulos públicos e sua variação é revista a cada 45 dias pelo COPOM.

Antes de prosseguirmos para o próximo indexador, quero falar sobre a confusão que as pessoas fazem entre o CDI e a taxa DI, quase ninguém fala "esse investimento aqui está pagando 110% do DI" na maioria das vezes as pessoas falam "esse investimento aqui está pagando 110% do CDI" (inclusive eu) e pra ser sincera, na prática isso não tem problema nenhum, estão simplesmente falando da mesma coisa e até as corretoras e bancos que oferecem títulos de renda fixa indexados no DI, vendem o peixe como CDI. Mas é importante que você saiba a diferença, pois o CDI é o título que o banco emite para pegar empréstimo de outro banco e a taxa DI é a taxa de juros que ele vai pagar por esse empréstimo. Ok? Então Ok!

Para finalizar este post, vamos falar da taxa TR (TAXA REFERENCIAL)

A Taxa Referencial representa a Taxa Básica Financeira (TBF), ela é calculada pelo Banco Central do Brasil, com base na taxa média mensal ajustada dos CDBs pré-fixados das trinta maiores instituições financeiras do país, eliminando-se as duas menores e as duas maiores taxas médias.

É divulgada diariamente, no final da tarde, com um dia de defasagem. É usada para a correção das aplicações da caderneta de poupança e das prestações dos empréstimos do Sistema Financeiro da Habitação.

E o que isso influencia na sua vida? A alta da taxa significará, no futuro, empréstimos mais caros para você, além de maior rendimento em investimentos como a poupança. Já uma TR mais baixa implicará em empréstimos mais baratos e menor retorno na poupança.

Um beijo e até a terceira e última parte da sopa de letrinhas!





domingo, 21 de agosto de 2016

SOPA DE LETRINHAS PARTE 1 - IPCA, IGP-M e SELIC

Oi oi gente! Tudo bom?

Hoje respira fundo que o assunto é longo e tenso, rs.

Como eu já disse anteriormente, antes de conversarmos sobre investimentos na prática é necessário aprender direitinho alguns conceitos muito importantes que estão diretamente ligados/relacionados ao assunto, que caso você não entenda, com certeza também não irá entender as modalidades de investimentos. Eu diria que essa é a parte mais chatinha mas que infelizmente sem ela não dá para prosseguir.

Então vamos lá que é muita coisa no ABC dos investimentos! 

1º vamos falar do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)

O IPCA nada mais é do que a sigla que representa a INFLAÇÃO. Ele é utilizado pelo Banco Central como medidor oficial da inflação do país e pelo governo como referência para verificar se a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para a inflação está sendo cumprida.

O IPCA é calculado pelo IBGE e é divulgado mensalmente. O cálculo reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.

O período de coleta do IPCA vai do dia 1º ao dia 30 ou 31, dependendo do mês e é divulgado geralmente até o dia 10 do mês seguinte ao da coleta. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista.

São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.

A Inflação é a perda do valor do dinheiro ao longo do tempo. Nós meros mortais sentimos a inflação como um aumento generalizado dos preços, o que significa que precisamos de mais dinheiro pra comprar a mesma coisa que comprávamos a um mês ou a um anos atrás por exemplo.

A inflação não atinge as pessoas da mesma forma, cada um sente a inflação de um jeito. Assalariados, pensionistas e pessoas que recebem uma renda baixa, regular e estável geralmente sofrem mais com a inflação.

Quando se consome mais do que se produz temos um aumento da inflação.

Fonte: IBGE

Se você ainda está com alguma dúvida sobre inflação, assite esse vídeo aqui que é super didático e vai te ajudar a compreender melhor INFLAÇÃO: O QUE É; DE ONDE VEM?


Em 2º lugar  vamos falar do IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado)

Este índice é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ele é composto pela média de três outros índices que tem pesos diferentes na sua composição:


O IGP-M registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Ele é utilizado para a correção de contratos de aluguel, parcelas de financiamentos de bens imóveis e como indexador de algumas tarifas como energia elétrica por exemplo. A pesquisa de preços é feita entre o dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês atual e sua divulgação acontece no final de cada mês de referência.




Em 3º lugar  vamos falar da SELIC


O sistema especial de liquidação e custódia (SELIC), muito conhecido como "Taxa Selic" é onde ficam custodiados (guardados) os títulos federais, mais conhecidos como os títulos públicos. Essa taxa é a taxa que o governo paga pra quem compra/investe em títulos públicos federais, que é uma das formas que ele utiliza para captar dinheiro, além dos impostos por exemplo.

A taxa SELIC é a taxa básica de juros da economia brasileira, conhecida como a mãe de todas as taxas de juros, ela é, via de regra, a menor taxa de juros em vigência no pais* e é com base nela que as outras taxas de juros são determinadas, ou seja, se a SELIC sob as taxas de juros também sobem e se ela diminui as outras também diminuem.

A cada 45 dias o Comitê de Política Monenatária do Banco Central (COPOM) se reune para decidir se a taxa básica de juros sobe, desce ou permanece estável.

Quando se aumenta a taxa SELIC, significa que se está diminuindo a liquidez da economia, buscando frear o consumismo e incentivando as pessoas e empresas a pouparem mais, isso evita que a inflação dispare.

A taxa SELIC é dividida em "TAXA SELIC OVER" e "TAXA SELIC META".

A Taxa SELIC OVER é a taxa de juros praticada quando um banco empresta dinheiro para outro usando, como garantia, os títulos públicos comprados no banco central e a Taxa SELIC META é aquela utilizada nos noticiários, que representa a taxa básica da economia no Brasil, pois serve como parâmetro para todas as outras praticadas no mercado. Ela tende a ser a menor taxa de juros que existe na economia. 

Se ficou alguma dúvida da uma olhadinha nesse vídeo aqui O que é Taxa Selic? A Explicação mais Simples e Completa

Curiosidade: A maior taxa Selic que o Brasil já teve, desde 1996, foi de 45% entre 05/03/1999 e 24/03/1999.

* A menor taxa de juros da economia brasileira é a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). Atualmente (Julho a setembro de 2016) ela está em 7,5% ao ano. Definida pelo CMN é divulgada trimestralmente, esta taxa é usada, principalmente, nos empréstimos feito pelo BNDES ao setor produtivo.



quinta-feira, 11 de agosto de 2016

JUROS COMPOSTOS - A MAIOR INVENÇÃO DA HUMANIDADE

Existe uma série de conceitos que precisamos aprender para começar a pensar em investimentos, e o primeiro deles é o mais básico de todos, nosso conhecido amigo das aulas de matemática na escola, o Juros!

Para ser mais específica, o Juros Compostos! O nosso menino dos olhos de ouro, aquele que será seu melhor amigo ou maior inimigo, dependendo do lado que estiver!

Um grande sábio disse uma vez que eles são a maior força do universo!


O Juros é uma remuneração pelo empréstimo de capital, é uma compensação.
Basicamente o juros é o custo do dinheiro, é o que você paga pelo dinheiro que não é seu e o que você recebe pelo empréstimo do dinheiro que é seu.

O regime de juros compostos é o mais usual no sistema financeiro. Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo dos juros do período seguinte.

Se você assim como eu não é nenhum gênio em matemática e não é muito bom em se lembrar das fórmulas que nosso(a) querido(a) (ou não) professor(a) de matemática sabiamento nos ensinou (no meu caso muita querida), não se desespere, não será necessário.

Antes de mais nada a pergunta que quero fazer é, você já parou pra fazer um teste da força do juros compostos? Se não, eu quero te demonstrar o que eles podem fazer por você!

Você acha que um milhão de reais é impossível de conseguir? Talvez se você for uma pessoa imediatista que acha que isso pode ser facilmente conseguido do dia pra noite é provável que realmente se torne impossível.

Mas se você for uma pessoa paciente e disciplinada isso não será impossível.

Se você guardar R$300,00 por mês em algum lugar que lhe renda 1% de juros líquido ao mês (12% ao ano) em 30 anos você terá R$1.000.000,00!


Caso queira confirmar o que estou dizendo, pode utilizar a fórmula que aprendemos na escola (segue abaixo a fórmula pra refrescar sua memória) ou utilizar algum site que faça a conta pra você. Deixei o link de um site que utilizo pra fazer essa conta, você pode utilizá-lo ou pesquisar por "calculadora de juros compostos" no google e testar em outra.

M = C . (1 + i)t
SENDO:
M = MONTANTE OU VALOR FINAL
C = CAPITAL INICIAL
I = TAXA DE JUROS
T = TEMPO

Calculadora de Juros Compostos - Clube dos Poupadores

Levando em consideração que você possa guardar R$500,00 por mês, esse valor cresce pra mais de R$1.700.00,00 no mesmo prazo. O que quero chamar a atenção aqui, é que neste caso, você teria efetivamente depositado o valor de R$180.000,00 e todo o restante (mais de um milhão e meio) é o nosso amado juros composto!

Mas você deve estar pensando que 30 anos é muito tempo, e você estará se enganando porque o tempo passará e quando chegar lá você se arrependerá do que podia ter feito e não fez.

Pra diminuir esse tempo, imagine que você está com 30 anos de idade e conseguiu poupar o valor de R$50.000,00 além disso resolveu colocar esse dinheiro num investimento que lhe renda 1% de juros líquidos ao mês (descontado IR e taxas). Como se não bastasse você é uma pessoa preocupada com o futuro e fará aportes mensais de R$2.000,00 em investimentos que lhe rentabilize essa mesma taxa.

Em 10 anos você teria = 625.096,72
Em 15 anos você teria = 1.298.950,49
Em 20 anos você teria = 2.523.138,41
Em 30 anos você teria = 8.787.410,33


Esses cálculos podem ser confirmados no link que passei acima ou em outro de sua preferência. Não é invenção, é fato!


Então pense bem de que lado você gostaria de ficar, do lado que recebe o juros composto ou do lado que paga pra alguém!











quarta-feira, 3 de agosto de 2016

VOCÊ SABE O QUE É INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA?

Se você acha que ganhar um salário de R$10.000,00, R$20.000,00 ou R$30.000,00 significa ter Independência Financeira, sinto muito, mas você está errado.

Se você acha que ter uma poupança gorda, uma casa, um carro e ainda ganhar um bom salário todo mês significa ter Independência Financeira, errou de novo.

Se você pensa que ser funcionário público te garante a Independência Financeira...você está enganado.

Se você acredita que Independência Financeira é você ter dinheiro suficiente para pagar suas contas e o seu lazer sem depender do dinheiro de ninguém, acrescente mais este erro na sua lista!

Definitivamente nenhuma dessas opções representam o significado de Independência Financeira, no máximo significam "Status", um bom padrão de vida mas que muitas vezes não se sustenta, afinal, uma bela casa, pode estar hipotecada, um carro bacana pode estar no leasing, as roupas, sapatos e acessórios de grife podem estar todos no cheque especial/cartão de crédito.

Ganhar R$10.000,00 e gastar todos os R$10.000,00 não te faz ter mais dinheiro de quem ganha R$1.000,00 e gasta R$1.000,00 apenas te oferece um padrão de vida melhor, nada mais!

Mas então o que é Independência Financeira?
 
Independência Financeira é você conseguir manter e melhorar o seu padrão de vida sem precisar trabalhar pra isso, pois o valor que você recebe de renda passiva que são os frutos dos seus investimentos te garante isso.

Independência Financeira é quando existe uma geração mensal de um fluxo de renda, de caráter contínuo, capaz de manter o padrão e qualidade de vida que você leva por tempo indeterminado.
Uma pessoa que possui Independência Financeira, além de ter dinheiro pra pagar todas as suas despesas mensais (e da família), possui rendimentos oriundos dos seus investimentos que são capazes de bancar um constante aporte para investimentos mensais, pois independência financeira está associada ao constante crescimento de patrimônio.

Pra alcançar a Independência Financeira não basta saber ganhar dinheiro, porque isso é ter inteligência intelectual, para alcançar a Independência Financeira é preciso saber o que fazer com o dinheiro. Pra saber o que fazer com o dinheiro você precisa sempre buscar conhecimento sobre o assunto. Não se esqueça disso!

A uns dois anos e meio atrás assisti uma palestra no Youtube que foi muito importante pra mim no que toca o assunto finanças, que me fez parar pra pensar melhor sobre meu dinheiro e até inspirou este post, ela tem 01h24m de duração e na minha opinião vale muito a pena, se você se interessar o link é: Coaching Financeiro - Palestra Completa c/ Ricardo Melo

Alcançar a Independência Financeira é difícil, mas extremamente possível!

Pra fechar este post, fica a reflexão...Falta de lucidez financeira: Comprar algo que você não precisa, com o dinheiro que você não tem, pra mostrar pra alguém que você não conhece (ou conhece) a pessoa que você não é! Pense nisso!